ENTREVISTANDO CADU PELEGRINI DA KIARA ROCKS !

Guarulhos, domingo a noite e lá estavamos nós ( Bia e Ana) no show que aconteceu no dia 8 de agosto da banda KIARA ROCKS, um show incrível com direito a covers de bandas clássicas do Rock e claro as músicas do cd da Kiara, enfim um show memorável e a noite ainda conseguiu ficar melhor com essa entrevista que você lê abaixo com o Cadu, o vocalista da banda.

BB- Se a sua vida fosse um filme qual seria o título e a trilha sonora?

Cadu - Nossa, peraí vou ter que parar para pensar. Tá bom, vai lá, o meu filme seria Atrás das Linhas Inimigas, sempre tem alguém contra porque nesse mundo de banda independente quem tá dentro se fode só, as outras bandas, as vezes, torcem mais pra você se foder do que para eles se darem bem, agora a trilha sonora seria Kiara, claro, é lá que eu expresso as minhas ideias e ai nada melhor do que a trilha sonora do que eu falo para o mesmo filme de sofrimento. Emo né, isso aí que eu falei? Tudo bem, deixa pra lá.

BB- Daqui há 100 anos como você gostaria que o pessoal lembrasse da banda?

Cadu - Eu gostaria que lembrassem como a banda que apesar das adversidades que tem pelo menos você não desisti e se batalhar bastante você chega à algum lugar mesmo que pouco mas que para a gente faz uma diferença enorme e lembrar como a banda nacional que fez um negócio diferente, que não seguiu modinha iguais a todas as outras bandas, algo inovador.

BB- Qual a coisa mais estranha/ engraçada que aconteu com você no palco?

Cadu - É que me pego de surpresa, mas sempre tem, o Anselmo faz parte dos trapalhões, ele sempre consegue cair ou fazer alguma idiotice no palco, eu não fiz muitas besteiras, as vezes eu passo um pouco da conta na birita ai acabo falando besteira ou falando mole. Engraçada? Engraçada acontece muita coisa fora do palco, no backstage que é muito mais engraçado que eu acho melhor não falar agora.

BB- Aonde e com quem você gostaria de dividir o palco?

Cadu - Com certeza, atualmente, com o Foo Fighters, porque o Dave Grohl pra mim é um puta de um exemplo, em qualquer lugar, não importa o lugar, o que importa é de fazer o som com eles se for em um ensaio com eles, só de dividir o palco com Foo Fighters, Aerosmith ou Him que é a minha banda favorita eu ficaria feliz, o lugar não importa se de você estar com um ídolo, não importa se estiverem mil pessoas juntas ou duas, o que importa é a sua presença lá e os caras te reconhecerem como músico.

BB- Qual pergunta nunca fizeram mas você gostaria de responder?

Cadu - Não sei... Bom minha vida eu exponho para quem quiser saber então a pergunta que fizerem eu aceito, assim já me fizeram todo tipo de pergunta se for parar para pensar é mas não publicáveis então eu acho que, porra de pergunta difícil do caralho, deixa eu pensar uma semana que ai eu falo.

BB- Qual peça de roupa não pode faltar no seu guarda-roupa?

Cadu - Peça de roupa eu não sei, mas sem o lápis de olho eu fico com cara de idiota. Eu gosto de tocar sempre com alguma camiseta de banda que eu goste ou com alguma regata porque no show é calor pra caralho e bandana, sempre de bandana, eu e o Axl Rose que o diga.

BB- O que você sentiu quando subiu no palco pela primeira vez e o que mudou de lá pra cá?

Cadu - Quando eu subi pela primeira vez foi uma catástrofe, eu toquei na minha escola com uma banda que a gente formou lá e o diretor só faltou ter um ataque epilético e começar a tremer sem parar porque a gente tocou Black Sabbath, Kiss, Slayer só podreira ai ele se arrependeu amargamente de ter deixado a gente tocar, a galera que tava lá também não entendeu nada. Eu acho que mudou porque hoje em dia tem gente que entende nossa música e a estrutura obviamente e agradecer a esse monte de gente louca que ouve nosso som, não sei como. Mas mudou bastante.

BB- No momento, qual música define a banda?

Cadu - No momento eu acho que é a Invísivel, o pessoal tá se identificando muito com a Invísivel, não sei porque mas tá definindo bastante o som da banda e claro que a Últimos Dias, foi uma fase do começo para o pessoal entender como era a banda mas ai depois que entenderam o que era a Últimos Dias, o que é a banda, o que representa, agora a gente já pode ter uma cara, uma personalidade.

BB- Como é a sua relação com a internet? Você é daquele tipo viciado?

Cadu - Sou, pra caralho porque é uma ferramenta, hoje em dia pra banda independente, mais que necessária então eu sou chato com internet mesmo, porque é a principal divulgação. Hoje em dia o pessoal antes de ouvir na rádio vê na internet então eu uso muito disso ai, me aproveito do twitter e esses diabos todos pra divulgar onde a gente vai estar e essas coisas e eu fico o dia inteiro, me atraso sempre porque eu to na internet mas é que eu sou o único da banda também nisso, eu e o Anselmo, as vezes, só. Então eu fico cuidando dessa parte inteira então eu tenho que ficar o dia inteiro ai o que acontece é isso, eu passo muito tempo, porque é necessário, senão a banda não vai funcionar também.

BB- O que mudou depois das participações nos programas de tv?

Cadu - Muita coisa. Programa de tv aberta, passando quase em horário nobre para o Brasil inteiro, claro que vai ajudar mas antes de você pensar em ir só para divulgar, você tem que pensar se você tá sendo verdadeiro naquilo, uma oportunidade você tem que aceitar, a gente da Kiara tenta ser verdadeiro em tudo que faz, na tv, fora do palcom, em qualquer lugar a gente é sempre a mesma pessoa, a gente nã se adapta pra tv se a pessoa te chama pelo teu diferencial e você perde ele quando vai pra tv, não faz sentindo nenhum em ir.

BB- O seu passado te condena, por quê?

Cadu - Todo mundo tem um passado condenado, não vem falar que não, o meu é também, eu era cover de Bon Jovi, eu era loiro, eu sou loiro aliás eu pinto o cabelo de preto, eu falo mesmo, vão achar uma foto uma hora ou outra é lógico que é uma mudança constante mas meu estilo sempre foi do rock, é claro, eu quando me vejo com 15 anos sem tatuagem nenhuma eu me acho ridículo, eu fiz uma tattoo hoje e olho as fotos de anteontem e já acho ridículo então o meu passado é melhor deixar ele lá enterrado porque é muito zuado.

BB- Como você define o som da banda?

Cadu - Rock. Muita gente gosta de rotular sem nem conhecer com isso ai muita banda fica puta da vida porque você primeiro precisa ouvir a banda, ouvir as influências da banda, saber que caminho eles estão fazendo e qual tipo de público eles querem alcançar. Ninguém pode rotular uma banda a não ser ou quem conheça muito a banda ou então a própria banda.

Mas muita banda hoje em dia se considera rock sem ter um pingo de rock, eu acho uma vergonha isso ai, se o cara é pop, fala eu sou uma banda de pop agora não vem falar que é rock porque não é, isso ai me revolta, só isso só, a nossa eu posso falar que é rock e eu falo mesmo.

BB- Você já sofreu muito preconceito?

Cadu - Pra caralho. Qualquer dia eu levo você pra andar no shopping comigo que você vai entender, as mães puxando os filhos, o pessoal ainda tem a cabeça fechada, não consigo entender muito mas eu dou risada porque faz parte da cultura do rock tatuagem, chocar as pessoas, eu acho bom porque eu to causando algum efeito na pessoa, muito mais legal quem causa algum efeito, seja negativo ou positivo porque você tá causando algum efeito do que você só passar e só sofrer indiferença das pessoas.

* Nós do Blog Beatas agradecemos a todos que tornaram essa entrevista possível, a produtora Lais, a fotógrafa e amiga @Tah__Costa, a banda @Kiara_Rocks e ao @Cadupelegrini.


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